Transformação da ECT em S.A (Sociedade Anônima)

Por um Trabalhador Ecetista
Esta matéria me chegou por e-mail, onde este companheiro coloca seu ponto de vista
a respeito da REESTRUTURAÇÃO dos CORREIOS

"O governo quer dobrar o faturamento dos Correios e chegar a R$ 25 bilhões de receita anual no prazo de um ano e meio. A meta faz parte do projeto de modernização da estatal, que será posto em prática por meio de uma medida provisória (MP)"

Esse texto tem percorrido a mídia, porém como é mudar de 06 para meia dúzia. Que garantias há de que a receita vai aumentar?

E se não aumentar, alguém vai responder por isso?

Está um caos o sistema de rastreamento e os prazos de entrega já foram dilatados, sem aviso aos clientes, gerando reclamações e mais reclamações sobre o status dos objetos no SRO - sistema de rastreamento de objeto postal.

Ironia, falar em internacionalização, quando não se consegue nem arrumar a rampa de um caminhão, ter efetivo reserva em todas unidades operacionais. Não há uma unidade de atendimento em que se vê a sua fachada ( logomarca ) totalmente desbotada e em mal estado de conservação. (Comentário do blogueiro: Eu não poderia perder esta oportunidade de dizer que este comentário da rampa quebrada é para o Diretor Regional, Luiz Pagani. O caminhão com a rampa quebrada, continua na ativa Sr. Diretor e não venha dizer que a culpa é de Brasília, ok??!!)

Lembra a história, quando disseram a Rainha da França Maria Antonieta:

- Majestade o povo está revoltado e quer pão, quer alimento! ( disserem seus ministros)
- Ora dê-lhes alimento. Dê-lhes pão! ( respondeu a Rainha )
- Majestade, não temos pão. ( disse os ministros )
- Ora, dê-lhes brioche. ( respondeu a rainha )


Mais a tarde a revolução aumentou e ela foi decapitada.

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As vezes a falta de sintonia entre as camadas, a falta de visão e realidade leva a isso. Delirar enquanto a classe trabalhadora vive a realidade dura de responder aos clientes sobre os constantes atrasos nas entregas, sobre as dobras e mais dobras.

As vezes, reclusos na corte é fácil criar uma medida provisória, sem a menor importância com o patrimônio do povo e com o emprego de milhares de pessoas.

Tive a felicidade de ter passado pelo Banco Brasil, onde conheci grandes pessoas e hoje quando me levanto todos os dias para vir trabalhar me deparo com um senhor, cabisbaixo, transitando pela madrugada, regularmente, alcoolizado para conter a tristeza de ter sido empurrado para a marginalidade num Programa de demissão do Banco.

De outro lado da cidade me deparo com um banespiano, também conhecido, que afaga seu desemprego num trago de cinquenta e um ( pinga pura ). Quem viu e hoje o vê não acredita.

Será que o Ministro realmente tem interesse por essa empresa e como dominante da mídia, pelo cargo que ocupa, pois anseia o governo de Minas Gerais, não me contenho em dizer que tudo isso é interesse político de ser elevado as graças do presidente para então ser o candidato ao governo de Minas Gerais.

Dizem que a receita está caindo, porém temos visto que o TCU, a CGU são ótimos no crescimento de receita e acho que deveria haver mais investidas, pois o desempenho da receita, o desempenho da produtividade chegou ao limite, ou seja, os empregados dos correios do Brasil são os mais produtivos do mundo.

Acredito que 2010 será um ano difícil, onde primeiramente plantaram um noticia sobre o não pagamento da Participação nos Lucros, sem divulgar os resultados da empresa, logicamente para ver a reação dos ECETISTAS.

Agora nova ameaça para ver se temos sangue na veia?

Comentário do blogueiro:

Tradição de luta a nossa categoria tem, FHC no seu governo, tentou destruir a ECT como fez com outras ESTATAIS e nós não permitimos. Infelizmente o governo Lula apresenta um projeto de REESTRUTURAÇÃO igual ao que lutamos contra no passado. Sendo assim não resta outra alternativa aos ECETISTAS senão irmos a "LUTA" - Querem saber se temos sangue na veia? Basta recorrer a nossa história e verá que os trabalhadores (as) dos CORREIOS foi a categoria que mais fez enfrentamentos contra o governo FHC na decada de 90 e que também mais fez greve no governo Lula, lutando por seus direitos, se tornando a vanguarda de outras categorias e do movimento sindical.