Faltam carteiros e correspondência não é entregue

Sindicato alerta para defasagem de pessoal e usuários precisam ir aos centros de distribuição pegar correspondência

Por AÉCIO SANTIAGO
DIÁRIO DO NORDESTE - CE
20/02/2010

Cerca de 10 mil correspondências, diariamente, deixam de ser entregues nas residências de Fortaleza. A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores de CORREIOS e Telégrafos do Ceará (Sintect/CE). Segundo o coordenador de Finanças do sindicato, Veridiano Matos, os maiores problemas estão nas unidades de distribuição localizadas nos bairros da Parangaba e na Avenida Francisco Sá.

"Precisaríamos de mais de 150 carteiros apenas para atender Fortaleza. A realidade é que a empresa pretende precarizar o serviço, jogar a população contra a categoria e privatizar o setor", denuncia Matos.

O diretor regional dos CORREIOS no Ceará, Estevam Tomaz, confirma que há uma defasagem de carteiros atualmente no Ceará e pede desculpas à população pelos problemas. Ele esclarece, ainda, que a cada dois anos há a realização de um programa para avaliação das necessidades de pessoal, através do Sistema de Distritamento.

"Anteriormente, cada Estado tinha autonomia para realizar seu concurso público. Hoje, infelizmente, esse processo foi centralizado, o que dificulta para nós a reposição de pessoal", concluiu Tomaz confirmando que haverá concurso para preenchimento de 129 vagas.

Comentário do blogueiro:

Caro Pagani - Diretor Regional da DR/SPI, é isto que tenho falado neste blog!

Seu colega Estevam Tomaz - Diretor Regional do Ceará, diferente de você não desmente as denuncias que o SINDICATO faz a respeito da falta de contratações e corajosamente confirma as denuncias. E mais, aproveitou o espaço cavado pelo SINDICATO na mídia e denunciou que a centralização de Brasilia atrapalha.

Sua DIRETORIA faz o contrário, costuma desmentir nossas denuncias que: a falta de contratações é a causa dos atrasos de correspondencias. O que é uma tremenda irresponsabilidade desta DR, pois ao desmentirem o SINDICATO, passam a imagem para a população que o problema dos atrasos é o carteiro, colocando assim sua integridade fisica em risco.

Pagani, só peço que se não tiver a mesma coragem do seu colega do Ceará, que POR FAVOR, não vá a mídia para mentir sobre o CAOS que a ECT esta sofrendo. Quando o Sr. Diretor toma esta postura, dificulta ainda mais o nosso trabalho de salvar a ECT e com isto perdem os CORREIOS, os ECETISTAS, a SOCIEDADE e inclusive o SENHOR.

A coragem que lhe falta, sobra demais aos trabalhadores (as), portanto, continue escondido no seu gabinete com ar condicionado e não atrapalhe. Deixe aqueles que sempre carregaram esta EMPRESA nas costas salvar mais uma vez a ECT dos ataques que ela vêm sofrendo.

Biaia - Coordenador Geral do SINTECT/CAS

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Reclamação

Enquanto as unidades de distribuição em Fortaleza estão com as cartas em atraso, a população sofre com os prejuízos com a falta dos serviços. Segundo a jornalista Julyane Beltrão, desde dezembro do ano passado ela aguarda a chegada de um Sedex e desde então só recebe a justificativa de que as chuvas em São Paulo prejudicaram a distribuição.

"Além disso, tive problemas com o quase cancelamento de um cartão por conta da não-entrega da correspondência. Tive vários aborrecimentos entre ligar para a operadora do cartão, ir nos CORREIOS, pegar o documento. É um absurdo isso", declarou a jornalista.

O Diário do Nordeste online realizou a enquete "você já teve documentos e/ou encomendas extraviados pelos CORREIOS?". Responderam a pergunta 744 internautas.
Até as 18hs de ontem, 32,67% dos entrevistados tiveram algum tipo de problema com atraso de correspondência. Enquanto que, 67,33% nunca tiveram problemas com atraso nas correspondência.

A enquete foi realizada entre às 19hs da última quinta-feira (18), até as 18h de ontem.

Dificuldades

De acordo com Veridiano Matos, os trabalhadores do Centro de Distribuição de Caucaia se encontram numa situação difícil. "Tivemos funcionários que já sofreram ameaça à mão armada", diz. Matos denuncia que a empresa abriu concurso para 139 vagas, mas até o momento o processo não foi efetivado.

Na última greve, em setembro do ano passado, os carteiros ficaram parados durante 11 dias. Mas além de não terem nenhum ponto da pauta de reivindicação atendida, o sindicalista explica que alguns direitos adquiridos foram perdidos.

Antes da greve, explica, quando a funcionária gestante entrava no sexto mês de gestação, tinha direito a ficar exercendo somente atividades internas.

O sindicato confirma que mesmo após o mutirão realizado ano passado para compensar as cerca de 108 mil correspondências atrasadas, o problema continua por falta de trabalhadores. Na última greve, foi aprovado acordo bianual entre a Federação Nacional dos Trabalhadores dos CORREIOS e Similares e 18 sindicatos em todo o Brasil.

Portanto, este ano, não haverá discussão sobre um novo reajuste nem possibilidade de greve da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores no Ceará informaram que entrarão com um ação judicial tentando impedir a vigência deste acordo.

O diretor regional dos CORREIOS no Ceará, Estevam Tomaz, também confirmou os problemas de fila nos centros de distribuição na Avenida Francisco Sá e na Parangaba e que há um esforço para minimizar os atrasos das correspondências. De 2009 para este ano, ele disse que houve um crescimento médio de 3,5% no volume de cartas entregues no Estado do Ceará.

Sobre as denúncias de supressão dos direitos da trabalhadora, desmentiu a informação. "Em acordo coletivo, a mulher tem direito de sair das ruas no quinto mês de gestação".

MAIS INFORMAÇÕES

Para denunciar:

Programa Estadual de Orientação e Defesa do Consumidor: 08002752700

Decon: (85) 3452-4507 begin_of_the_skype_highlighting (85) 3452-4507 end_of_the_skype_highlighting

AÉCIO SANTIAGO
ESPECIAL PARA CIDADE