"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Correios apunhalam os grevistas pelas costas

Por: Le facteur
Fonte: atibaia.com.br
21/09/2011

Bom dia amigos

Mais uma vez venho trazer aqui informações em tempo real dos acontecimentos entre as negociações de cessão de greve entre os Correios e os grevistas.

Conforme já explicado (vide posts anteriores do mesmo autor), as reivindicações dos grevistas eram: melhores condições de trabalho, não aprovação da MP532/2011, aumento real de salário e contratações imediatas.

O presidente dos Correios Wagner Pinheiro de Oliveira vem, durante toda a greve, declarando que não negociará com os grevistas durante a greve. Para haver negociação, é necessário que todos voltem da paralisação. Já há uma contradição, pois o jornal on line www.atribunanet.com (http://www.atribunanet.com/noticia/presidente-dos-correios-afirma-que-greve-e-parcial-69736) declara q as duas partes se declaram abertas a negociação, sendo que o presidente realizou o comentário acima mencionado, se negando a negociar.

Outra traição foi, nessa segunda-feira, a provação da lei 12490/2011, baseada na MP532/2011, transformada em lei.

Na esperança de parecer que os Correios não estão abrindo as portas para a privatização, quem de direito adicionou um novo artigo:

§ 4o É vedado às empresas constituídas ou adquiridas nos termos do § 3o atuar no serviço de entrega domiciliar de que trata o monopólio postal.


Para quem vê de fora, parece que tudo continuará como está. Não fosse o fato de que a parcela de produtos, hoje protegido por monopólio postal, é menor do que a de produtos tratados como abertos à livre concorrência.

O monopólio postal hoje, cobre apenas cartas simples e pessoais invioláveis, sendo aberto à livre concorrência a entrega de revistas, impressos em geral e encomendas, responsável por quase 70% dos lucros dos Correios hoje.

O ministro declarou que não negociaria durante a greve, mas o corpo do estado correu aprovar a lei que continha uma das reivindicações, sem manifestar abertura a discussões para isso.

Como podemos tratar como confiável um governo que obriga funcionários públicos, concursados, a engolir acordos como esse goela abaixo?

Como podemos confiar nossa segurança a um governo que prende bombeiros e liberta criminosos como Edmundo por "atrasos" da lei?

Deixo aqui meu pesar pelo nosso país, que aos poucos, mais uma vez se entrega à ditadura.

Passamos por tantas ditaduras políticas e, pouco tempo passa que ela é vencida pelo povo, nos esquecemos e caímos em outra.

Nos contentamos com misérias de bolsas e trocados nos salários enquanto o verdadeiro dinheiro é negociado por atacado entre os grandes.

Invoco aqui o bom senso popular. Não aos acordos que nos obrigam a vender nossos corpos de tanto trabalhar em troca de centavos.

Não às empresas que nos tratam como números e como gado, tocado de um lado para outro.

À verdadeira luta, companheiros de todo o país. Lutemos por um país igual, justo e que progride.

"qui desiderat pacem preparet bellum" (aquele que desejar a paz que se prepare para a guerra).
Publius Flavius Vegetius

Um comentário:

  1. É isso aí companheiro,o tabalhador tem medo dos descontos das ameaças e da convardia de alguns que não conhecem o serviço dos trabalhadores da ect, porque assim o somos, não somos funcionários públicos,e, sim trabalhadores concursados, ao contrário do que a população faz juizo de funcionalismo publico, se falta qualidade nos serviços, saibam apenas que não competem aos trabalhadores solucionar, porque a parte que compete a estes é realizada todos os dias sem medir esforços e respeito para com os cliente.obs EM toda cx sempre haverá uma laranja podre, isto não quer dizer que todas são podres, se isto conforma os que nos criticam neste momento de luta por dignidade e respeito.As perdas estão sendo visiveis, as autoridades estão perdendo muita grana com esta greve por pura compulsão, pede nos bom senso e o temos, só não temos dinheiro, é hora de negociar...............

    ResponderExcluir