Em causa está o silêncio da administração da empresa sobre aquilo que os trabalhadores consideram ser um corte salarial
Os carteiros dos CTT da Costa de Caparica regressaram aos protestos depois de, passado um mês desde a primeira greve, contra aquilo que consideram ser um corte no vencimento mensal, não terem obtido qualquer resposta por parte da empresa.
«Tínhamos uma reunião agendada com a administração, mas nunca existiu. Sobre este assunto, os CTT não nos disseram nada», disse à Agência Financeira Eduardo Rita, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.
Em causa está o fim do «subsídio de horário incómodo» - um pagamento extra destinado aos carteiros que entrem ao serviço entre as 2h e as 6h da manhã - já que os trabalhadores passaram a entrar depois daquela hora.
Contra esta alteração, que existe nos CTT da Costa de Caparica, mas que deverá alastrar-se a todos os postos nacionais, estão 18 trabalhadores em greve, ao mesmo tempo que estão a «preparar mais greves para Dezembro, assim como outras formas de luta», revelou Eduardo Rita.
Segundo o sindicalista, a empresa «ia aplicar as mesmas alterações de horários em Setúbal, no passado mês de Outubro, mas adiaram para Fevereiro com receio das greves».
Por isso, os carteiros acreditam que mais trabalhadores vão aderir aos protestos assim que virem as suas condições laborais alteradas.
«Na última greve, os trabalhadores que foram deslocados para fazer os fins-de-semana nos CTT da Costa, em substituição dos grevistas, assim que souberam do motivo do protesto foram-se embora», disse Eduardo Rita
Fonte: AF - Agência Financeira
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