"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

terça-feira, 27 de março de 2012

Ecetistas de Campinas e região derrotam a direção da ECT em assembleia

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS



Companheiros e companheiros, no dia 23/03 (sexta-feira) os trabalhadores de Campinas e região derrotaram a direção da ECT, que tentaram tomar de assalto à assembleia dos trabalhadores. A assembleia tinha a importante tarefa de eleger delegados que irão participar do XI CONTECT (Congresso Nacional dos Trabalhadores em Correios), fórum deliberativo da FENTECT, onde além de montar a pauta de reivindicação da próxima Campanha Salarial também elegerá a nova Diretoria da Federação que terá o importante papel de conduzir a luta dos trabalhadores no próximo triênio.

Como é do conhecimento de todos, o SINTECT/CAS tem sido uma oposição ferrenha da atual direção da FENTECT, que tem na maioria da sua direção pessoas filiadas ao PT e que diante disto tem freado a luta dos trabalhadores para não prejudicar o Governo que é do PT, colocando o interesse partidário acima dos interesses dos ecetistas.

Diante disto, a direção da ECT resolveu criar um núcleo petista de Correios em Campinas, onde na coordenação deste grupo só tem chefes que historicamente nunca fizeram uma luta se quer em prol dos trabalhadores, pelo contrário, ostentam em seus currículos perseguições e demissões aos trabalhadores, tendo este grupo como seu principal articulador, o ex-sindicalista que veio do Rio de Janeiro, o Fluminense.

Fluminense desde o primeiro momento que chegou em Campinas sempre deixou claro que queria cargo na ECT, então me procurou para propor que o SINTECT/CAS junto com ele montasse este núcleo petista. De pronto respondi que não, que a direção do sindicato não compactua com a política que o PT vem fazendo no movimento sindical, “colocando o interesse dos trabalhadores acima dos interesses da categoria”. Vendo que não teria chance de usar o sindicato como seu trampolim para a empresa, Fluminense resolveu montar este núcleo com chefes (pegando os piores diga-se de passagem), como Carlinhos do CDD Quirino, Bandeira e Sergio Cruz do CTE/CAS, com o agravante que o Fluminense chega inclusive a assediar vários gestores dizendo que senão se filiarem ao PT, perderão os seus cargos.

Com isto muitos chefes oportunistas se filiaram ao PT (volto a repetir, sem nenhuma tradição de luta em defesa dos trabalhadores), outros se filiaram por medo. E assim Fluminense começou a galgar rumo ao seu objetivo que era de conseguir um cargo na empresa. A Segunda etapa do Fluminense foi de organizar uns churrascos com os trabalhadores, com a presença de parlamentares como o Deputado Berzoini, presidente da ECT e outros, tudo isto para passar a impressão de que tem os trabalhadores ecetistas do seu lado, dando a entender ao deputado que ele pode formar nos Correios um reduto eleitoral a seu favor, mas em contrapartida queria um cargo na ECT. E o Berzoini caiu!

Usando os trabalhadores e as chefias, Fluminense consegue o seu cargo como ASTEC na DR/SPI, ganhando seus mais de 10 mil reais. Segundo comentários, Fluminense prometeu cargo para meio mundo em Campinas, mas chegando à DR/SPI tratou de guardar sua lista no bolso e até hoje não apresentou para o Diretor Regional os nomes dos chefes que compõem este grupo e os cargos que os mesmo reivindicam. Malandro que é, sabe que não há vaga para todo mundo. Que é muita bunda e pouca cadeira, então resolveu ficar quietinho, uma vez que a sua cadeira já esta garantida.

Já para os trabalhadores, Fluminense usa o discurso de trabalhador. Diz que está preocupado com os trabalhadores, com a empresa e blá blá blá, quando na verdade esta preocupado com seu próprio umbigo e apenas usando estes trabalhadores para se cacifar ainda mais dentro do partido.

Fluminense juntos com os gestores petistas são derrotados na assembleia dos trabalhadores

Este núcleo petista sabe que não conseguirá enganar por muito tempo, e como sabem que no PT só se mantém no cargo quem tem “café no bule”, resolveram que tem que ganhar o sindicato – primeiro para se manterem no cargo e segundo para frear os ecetistas de Campinas e região que tem feito todos os enfrentamentos contra a direção da ECT e o Governo que hoje pertence ao PT – e faz isto usando os trabalhadores, pois sabe que eles não tem “moral” nenhuma pois os trabalhadores de Campinas e região tem muito claro que o PT hoje atua como inimigo da nossa categoria, onde muitos ecetistas tem sofrido na pele a política de ataque deste partido.

Fluminense junto com alguns chefes organizou alguns trabalhadores para assembleia - isto no horário de expediente – friso isto porque o sindicato não pode fazer a mesma coisa, temos que marcar reuniões com antecedência que às vezes são negadas. Muitos trabalhadores sem ser do núcleo do PT chegaram à assembleia com a camisa do grupo, levados nos carros dos gestores, como : França do CDD Dunlop por exemplo, mas sem nenhum debate, apenas com o discurso que o Fluminense passou a eles que tinham que sair como delegados para irem no XI CONTECT votarem no PT para promoverem mudanças na FENTECT.

O que o Fluminense não contava é que em Campinas os trabalhadores não vacilam quando lidam com pelegos. O primeiro passo foi não permitir que chefes participassem da assembleia como acontece em muitos lugares em que o PT dirige o sindicato e o segundo passo foi fazer um bom debate, com mais de 2 horas, falando de todos os ataques que os trabalhadores vem sofrendo e apontando os verdadeiros responsáveis, que é o PT que hoje esta no governo.

Muitos trabalhadores que chegaram nos carros da chefia quando perceberam que estavam sendo massa de manobras dos gestores e do Fluminense, começaram a ficar incomodados e numa discussão entre eles resolveram retirar a chapa que iriam apresentar e apoiar a chapa de oposição composta pela direção do Sindicato, Ecetistas em Luta e o Conlutas. Com 157 trabalhadores inscritos a votação foi unanime a favor da chapa, sem nenhum voto contra e nenhuma abstenção. Vitória da categoria de Correios de Campinas e região, que com esta postura mostraram que querem que o SINTECT/CAS continue um sindicato independente da Empresa e do Governo.

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