PORTUGAL: “Não à Privatização! Os Correios são do Povo”

O PCP, numa acção nacional contra o PEC e de luta contra a privatização dos CTT, esteve nos Correios de Alhos Vedros e da Baixa da Banheira, onde esclareceu os utentes sobre malefícios da privatização dos CTT, um crime contra a economia nacional e um atentado aos direitos dos cidadãos, e distribuiu o folheto “Não à Privatização! Os Correios são do Povo”.

Armando Morais, dirigente do PCP, afirmou tratar-se de uma acção de esclarecimento, com vista a chamar a atenção da população para a grave intenção do Governo de querer privatizar este serviço público, essencial às populações, que há centenas de anos pertence ao Estado. “A privatização desta empresa, à semelhança de outras, na busca do lucro, deixa de prestar o mesmo serviço, com assiduidade, em localidades menos rentáveis”, vincou.

A deputada na Assembleia da República, Paula Santos, do PCP, explicou que esta acção tem em vista dar combate à perspectiva do Governo em privatizar os CTT, no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). Paula Santos alertou para o facto de estas medidas de privatização ainda não estarem tomadas, daí a importância desta acção para combater estas medidas gravosas.

Paula Santos disse que a privatização dos Correios vai restringir o serviço público às populações, vai significar o encerramento de serviços, a destruição de postos de trabalho e de direitos dos trabalhadores e mais precariedade. Os CTT é uma grande empresa pública, com um enorme património, e emprega 16 mil trabalhadores. É rentável e tem prestado um bom serviço às populações. Não se justifica a sua privatização a pretexto do défice e do equilíbrio das contas públicas, com prejuízo para os utentes e enriquecimento para os privados. O PEC faz os pobres, os reformados e os trabalhadores pagarem a crise, enquanto os grandes grupos económicos e financeiros são intocáveis.

Portanto, é importante esclarecer e mobilizar as populações para dar combate a estas medidas gravosas, que vão penalizar ainda mais quem trabalha e quem vive com dificuldades. “A luta é o caminho e é pela luta que vamos dar combate a estas medidas, para não sermos mais prejudicados com estas políticas de direita que têm sido seguidas por este e por anteriores governos”, incentivou.

J. BA

Fonte: o rio. pt