"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

quarta-feira, 23 de março de 2011

ECT mente para a sociedade em rede nacional

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS


O Jornal Nacional apresentou uma matéria dizendo que “ ATRASOS NOS CORREIOS VIRAM CASO DE JUSTIÇA NO SUL E NO SUDESTE” – a reportagem aponta atrasos em alguns bairros de São Jose dos Campos/SP, Caraguatatuba e demais cidades da região sudeste e sul. O Jornal Nacional também frisou que há um ano atrás, “mostrou que as correspondências estavam atrasando em todo o país. A situação mais grave era no Norte e no Nordeste. Na época, os Correios alegaram problemas com o transporte de cargueiro aéreo e chegaram a divulgar providências com a compra de espaço em aviões de carreira”.

Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar o caso.

ECT mente para sociedade
Como sempre a direção da ECT esconde os verdadeiros motivos dos atrasos de correspondências à sociedade brasileira. Vejam a versão da empresa na reportagem: “Os Correios declararam que eventuais atrasos são pontuais e se devem mesmo ao cancelamento de um concurso público, mas que outro concurso está em andamento. A empresa anunciou que, para minimizar o problema, está tomando algumas providências, como o pagamento de horas-extras e a contratação de trabalhadores temporários”.

Não existe eventuais atrasos e tão pouco estes atrasos são pontuais. Os atrasos de correspondências hoje são generalizados nos quatro cantos do país e não tem nada de pontual – mentem para a sociedade na cara dura - assim como mentem para os trabalhadores ecetistas. Ai vem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo dizer: “Temos que dizer, em alto e bom som, que os Correios não serão privatizados, que isso não tem o menor cabimento. Os Correios são uma empresa absolutamente importante para o Brasil e este governo, a exemplo do governo passado, jamais vai permitir uma coisa como essa”

Toda vez que este tipo de reportagem ganha destaque, aparecem apenas duas versões: 1º versão - a da população que não agüenta mais ser prejudicada com os constantes atrasos e a 2º versão – da ECT que deixa transparecer que o problema não geral e sim pontual, com isso passa a mensagem que a situação esta dentro da sua normalidade nos Correios.

Falta a versão dos trabalhadores
Já que a empresa não abre o jogo com a sociedade sobre o “caos” que vive os Correios hoje, cabe a nós trabalhadores fazermos isto. Se não nos movimentarmos, a população estará defendendo em breve a"privatização" da nossa empresa – basta ver que os destinatários já não tem mais o respeito que outrora tinham pelos carteiros – hoje muitos destes profissionais são agredidos verbalmente e em alguns casos fisicamente.

O que fazer para sermos ouvidos também?
Cumprindo o calendário de luta da categoria, exigindo Concurso Público com data das provas e contratação dos aprovados – exigir também a cópia da proposta de mudança do Estatuto para debatermos que Correios nós queremos. Caso não sejamos atendidos nestas reivindicações, não nos resta outra alternativa há não ser irmos as ruas em greve por tempo indeterminado.

Então gritaremos em alto e bom som, numa única voz que: “Queremos contratação já, para que a população não precise mais ir buscar cartas nos Correios a afirmaremos que a empresa mente quando diz estar tudo normal” e nesta mesma luta denunciaremos que “estão sucateando a ECT para passar a iniciativa privada”.

Entre a versão mentirosa da ECT e a dos mais de 100 mil ecetistas denunciando a verdade, eu não tenho duvidas, a população irá acreditar nos trabalhadores – se hoje a população tem se colocado contra nós, é porque ainda não dissemos a ela a nossa versão.

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