"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Saldo do ano de 2010 para os trabalhadores ecetistas...

Por Biaia
Coordenador Geral do SINTECT/CAS


O ano que se finda foi uns dos anos mais difíceis para os trabalhadores ecetistas. Terminamos 2010 sem ter o que comemorar no ponto de vista profissional, os ecetistas não tiveram nenhuma valorização por parte da direção da ECT, Ministério das Comunicações e do Governo Federal.


Pelo contrário, este tripé só massacrou os trabalhadores que iniciaram o ano de 2010 com a esperança de que a direção dos Correios realizasse o Concurso Público que já vinha se arrastando desde o inicio do segundo semestre de 2009 – este Concurso Público seria para repor as vagas dos quase sete mil trabalhadores ecetistas que aderiram os dois PDV´s realizados pela ECT no primeiro e segundo semestre de 2009 e contratar mais carteiros que os SD´s (Sistema de Distritamento) apontaram.


Faltaram investimentos na compra de carros, motos, bicicletas, EPI´s, uniformes, prédios e muitas outras coisas básicas e elementares para o bom andamento da ECT. Com isto criaram um “CAOS” no país e os maiores prejudicados foi a população que passaram a sofrer com os atrasos de correspondências por conta do APAGÃO POSTAL. No meio deste “CAOS” os trabalhadores ecetistas passaram a ser agredidos e hostilizados nos quatro cantos do país, como se fossemos nós os culpados.


Alias, NUNCA ANTES NA HISTORIA DOS CORREIOS assistimos tantos ecetistas serem agredidos pela população como em 2010 – por exemplo - a população sempre soube diferenciar seu CARTEIRO daqueles que faziam negociatas inescrupulosas nos gabinetes da empresa. Mas em 2010 conseguiram a manchar a imagem da ECT com tamanha competência que respingou em todos os ecetistas e em especial no carteiro que realiza o trabalho fim dando a cara à tapa para os clientes.


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Digo que conseguiram manchar a imagem da ECT com tamanha COMPETÊNCIA porque tudo isto não aconteceu por má gestão, mas sim de forma deliberada, conforme denuncia feita pelo ex-diretor de Gestão de Pessoas da ECT, Pedro Bifano a “FOLHA ONLINE” do dia 16 de novembro de 2010, nesta matéria ele acusa o ex-ministro Hélio Costa de ter suspendido investimentos para forçar a abertura de capital dos Correios transformando a empresa em Sociedade Anônima (S/A), clique aqui para ver a matéria na integra.

Mas o pior de tudo foi a FENTECT e o Movimento Sindical não ter conseguido dar uma resposta a tudo isto, os sindicatos ficaram estagnados e o acordo bi-anual fechado em 2009 contribuiu para isto – neste acordo quem saiu ganhando foi o governo que conseguiu impor sua agenda goela abaixo dos trabalhadores, para que não houvesse nenhuma discussão de campanha salarial em 2010 evitando assim que os ecetistas fossem às ruas e com isto atrapalhassem a eleição da Dilma candidata do governo.

E o governo só conseguiu enfiar goela abaixo por conta de vários dirigentes sindicais e principalmente o Secretário Geral da Fentect ter capitulado os interesses do Planalto. Diziam que não tendo Campanha Salarial iríamos discutir: Saúde do Trabalhador, PCCS, Condições de Trabalho, Concurso Público e blá blá blá.

Nada disto aconteceu e a ECT foi quase a lona, e tudo porque ataram as mãos dos trabalhadores impedindo-os de lutarem, o que é um erro fatal. Acordo bi-anual, NUNCA MAIS!

A ECT só esta em pé até hoje porque a categoria de Correios tem tradição de resistência e luta.

O ano de 2010 só serviu para provar que quando abaixamos a “guarda” nada acontece de positivo para os trabalhadores, tudo que a categoria tem é fruto da sua própria luta.
Não conseguiram destruir a ECT, muitos achavam que não terminaríamos 2010 em pé – tinham certeza que estaríamos nocauteados na lona! Erraram feio, agora só nos resta unirmos nossas forças, levantarmos os nossos punhos e enfrentar todos os setores internos e externos que trabalham para privatizar os Correios – independente da forma de privatização como: S/A, terceirização ou outro modelo disfarçado.

Queremos um Correios Público de Qualidade e 100% Estatal.

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