O último dos cinco ataques que sofreu este ano ano na região de Perus, na zona oeste de São Paulo foi o que mais marcou a carteira A., de 30 anos. Em setembro uma dupla de criminosos chegou a pé e ordenou que ela entregasse a bolsa azul com as correspondências.
"Eles não foram agressivos, nem posso dizer isso. Só disseram que não queriam nada de mim, e sim levar tudo o que fosse do governo." Ela não reagiu e entregou o material que carregava. "A gente não sabe o que leva, se é de valor ou não. O correto é só obedecer."
A carteira, que tem seis anos de profissão, afirma que os ataques aos funcionários estão cada vez mais comuns. "Tanto que chamaram a polícia para ajudar e nós temos vários encontros internos para falar do assunto." Quando questionada se gosta de seu trabalho, A. não demorou muito para responder. "Não desisto, porque hoje em dia está cada vez mais difícil ter emprego."
FONTE: JORNAL DA TARDE - SP
Editoria: CIDADE
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