"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Greve não abala confiança e credibilidade dos Correios

Por Lucas Peixoto


A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ou simplesmente Correios, revolucionou a comunicação por linhas telegráficas e a entrega de correspondências. Em 20 de Março de 1969, vinculada ao Ministério das Comunicações, essa grande empresa foi inaugurada com um propósito: dar segurança para o povo e receber em troca a confiança. Lembrando ao leitor que a primeira linha telegráfica brasileira foi criada no dia 11 de Maio de 1852, junto com o Departamento de Correios e Telégrafos, que mais tarde, mediante uma transformação na Autarquia Federal se tornaria essa empresa tão conhecida.


Ao longo dos anos, vários serviços foram sendo incorporados ao portifólio dos Correios. Além dos tradicionais préstimos de correspondência, selos postais, malotes, cartas, etc., a ECT incorporou recentemente o SEDEX, um serviço de encomendas expressas, com qualidade e eficiência na entrega. Com o advento dessa criação, a credibilidade dos Correios, que já era bastante, aumentou ainda mais. No Brasil, são 100 tipos de serviços que a empresa presta.


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Para controlar tudo isso, o patrimônio da comunicação conta com cerca de 108 mil funcionários para a gestão e controle. É possível, e todos presenciam isso, encontrar aquela placa azul, branco e amarelo em qualquer canto do Brasil. Seu símbolo, que é uma mão entregando uma carta, é a marca da sua credibilidade. Mas, todo esse poderio e essa confiança pode ter sido abalada devido a greve que ocorreu entre os dias 28 de setembro a 4 de outubro de 2009. Pode, mas não foi tão grave assim.

Os motivos que ocasionaram a greve foram reivindicações por reajuste de salário e melhoria nas condições de trabalho, além de manutenção da licença maternidade de 180 dias. Apesar da empresa propor um aumento de 4,5%, a categoria rejeitou a proposta dizendo que os Correios faturaram 1 bilhão só no mês de agosto em todo o Brasil, e que esse lucro não havia sido repassado para os funcionários.

De acordo com um empregado dos Correios, a greve foi mais rápida na Bahia e no Nordeste de um modo geral. A demora foi maior em Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. “Muita gente reclamou por causa do atraso nas contas e entrega de correspondências. A credibilidade dos Correios foi um pouco afetada apesar de ter sido a primeira greve da história. Mas a população já está compreendendo a situação”, disse o funcionário, que aparentava seus 40 anos de idade, e que respondeu a pergunta entre um e outro recebimento de carta.

No âmbito da população, o acontecimento fortuito não diminuiu a confiança sobre os Correios. Um senhor, quando perguntado a respeito da greve, sorriu e disse: “Mesmo alguma das minhas contas terem atrasado, os Correios ainda possuem minha aprovação. Mas que isso não se repita”, proferiu o senhor que esperava seu ônibus calmamente para mais um dia de trabalho.

Reiteradas pesquisas sobre a confiança das empresas, mostraram que o ECT estaria à frente de instituições como a Igreja e os Bombeiros. Esses números, em nenhum momento foram abalados, mesmo com as denúncias de corrupção envolvendo seus funcionários, cujas investigações desembocaram no chamado Escândalo do Mensalão, em 2006. Se esse escândalo não afetou a credibilidade dos Correios, uma simples greve é que não afetaria mesmo.

Fonte: Técnica de Produção, Reportagem e Redação Jornalística

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