Paralisação é mantida

Proposta de reajuste em 9% é rejeitada por carteiros, que querem 41%

O presidente do sindicato dos trabalhadores nos serviços dos CORREIOS do Distrito Federal, Moisés Leme, informou há pouco que os funcionários da Empresa Brasileira de CORREIOS e Telégrafos (ECT) no DF rejeitaram a proposta do governo e decidiram manter a greve iniciada na noite de terça-feira. A decisão foi tomada há pouco em assembleia. Sindicatos de todo o País estão analisando a proposta.

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A proposta da ECT prevê um aumento salarial de 9%, a vigorar por dois anos. O sindicato do Distrito Federal quer que o reajuste valha apenas até o próximo dissídio da categoria, previsto para setembro de 2010. As reivindicações iniciais dos servidores dos CORREIOS são: re-composição de perdas salariais de 41% e acréscimo de R$ 300,00 ao piso salarial da categoria, que é de R$ 640,00. A ECT se propôs a pagar um acréscimo de R$ 100,00 e reajustar o vale-alimentação de R$ 20,00 para R$ 21,50.

"A gente quer discutir outras propostas", disse Leme, referindo-se a benefícios sociais, como a redução da jornada de trabalho de 40 horas para 36 horas semanais e a entrega de correspondência somente pela manhã. O sindicalista disse que a adesão dos carteiros à greve em todo o Brasil é de 70%. A ECT afirma que a adesão é de 27%.

FENTECT

A Federação Nacional dos Trabalhadores em CORREIOS (Fentect) orientou os sindicatos da categoria a aprovarem a proposta apresentada pela ECT de reajuste salarial de 9%, com validade por dois anos. A in-formação é da Assessoria de Imprensa da federação. A expectativa da ECT era a de que os funcionários, em greve desde a noite de terça-feira, aprovassem a proposta e voltassem ao trabalho hoje. A proposta foi avaliada em assembleias dos sindicatos da categoria no País durante o dia de ontem.

Segundo a assessoria de imprensa da ECT, não há, mesmo com a paralisação, nenhuma carga retida nos centros de distribuição dos CORREIOS. Mas os serviços de entrega de encomendas com hora marcada (Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta) continuam suspensos até o fim da greve.

FONTE: JORNAL DE BRASILIA - DF