"Sonha e serás livre de espírito, luta e serás livre na vida" - Che Guevara

sábado, 29 de outubro de 2011

SINTECT/CAS ganha na justiça liminar garantindo o direito de repouso semanal aos trabalhadores da base territorial desta entidade que fizeram greve

Por Diretoria Colegiada
do SINTECT/CAS


O juiz do trabalho, Robson Adilson de Moraes, da 5º Vara do Trabalho de Campinas, concedeu o pedido de liminar do SINTECT/CAS garantindo o direito de REPOUSO SEMANAL dos trabalhadores que participaram do movimento paredista. Diz o juiz que o trabalho de maneira continua, foge da determinação da decisão proferida no Dissídio Coletivo, posto que, sob o pretexto de cumprir a determinação, acaba por criar desgaste aos trabalhadores, não sendo respeitados “os intervalos legais”, entendo que esta atitude por parte da direção da ECT, trata-se de uma punição velada aos trabalhadores que aderiram o movimento paredista.

A liminar já tem eficácia para o próximo final de semana, dias 29 e 30/outubro, uma vez que envolve o descanso semanal para os que já trabalharam de forma contínua nos dias 22 e 23/outubro. O juiz ainda fixou uma multa de R$500,00 (quinhentos reais), por trabalhador envolvido, caso a ECT não observe a folga semanal, revertendo a multa em favor do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), não aceitando o descumprimento por parte da ECT, com a argumentação de que a decisão da liminar tenha sido concedida com a proximidade do final de semana, o que segundo o juiz, não se justifica, diante dos modernos meios de comunicação (sendo que, visto de maneira ampla, esta é a natureza da própria atividade da própria Empresa, ou seja, a agilidade na circulação das informações), e uma vez, que houve eficácia da intimação junto ao Correios na sexta-feira (28), basta um comunicado geral para as agências envolvidas na Região para que não permitam o trabalho nas condições acima apontadas.

Diante da carência de tempo, o juiz do trabalho expediu-se o necessário para o cumprimento da sua decisão, autorizando a fim de evitar maiores prejuízos aos trabalhadores que já estejam trabalhando sem folga compensatória, que se divulgue amplamente a presente decisão através dos meios disponíveis pelo Sindicato (informativo eletrônico, correspondência eletrônica aos associados etc), sendo que, para segurança jurídica dos interessados, a presente decisão estará disponível para consulta eletrônica, no site do TRT [www.trt15.jus.br]

Sendo assim, ficam os trabalhadores da base territorial do SINTECT/CAS notificados através do site desta entidade sindical, sobre a decisão tomada pelo juiz do trabalho, Robson Adilson de Moraes da 5º VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS que concedeu a liminar garantindo o direito de REPOUSO SEMANAL aos ecetistas que estão compensando os dias referente ao nosso movimento paredista, dizendo que podem fazer valer o seu direito a partir deste final de semana, 29 e 30 de outubro, todos aqueles que já trabalharam de forma contínua nos dias 22 e 23 de outubro.

Segue abaixo a decisão na integra:
PROCESSO 0001745-08.2011.5.15.0092

Natureza: Ação de Cumprimento
Nº do Protocolo: 020776/2011
Órgão de Origem: 5º VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS
Data da Atuação: 26/10/2011 Valor do Objeto: R$ 22.000,00

Ligantes:

Reclamante: Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares de Campinas e Região – SINTECT/CAS
Advogado (s): Fabiana Mara Mick Araújo (164997-SP-D)
Reclamado: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

Trata-se de pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional deduzido por SINDICATO DOS TRABALHADORES EM CORREIOS, TELÉGRAFOS E SIMILARES DE CAMPINAS E REGIÃO - SINTECT/CAS em face de EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, requerendo, em breve síntese para fins da análise da tutela antecipatória de mérito que:1. A presente ação de cumprimento relaciona-se aos trabalhadores substituídos que participaram do movimento grevista no período de 14/09/2011 a 13/10/2011, na base territorial do Sindicato-autor;2. Referido movimento paredista foi solucionado pelo Dissídio Coletivo TST-DC-6535-37.2011.5.00.0000, com julgamento publicado em 17/10/2011;3. Alega que o comando da decisão do Dissídio Coletivo determina "para que todos os intervalos legais sejam respeitados no período de compensação dos dias de greve..." - fl.112, portanto, indevida a exigibilidade da Requerida que a compensação ocorra sem folga semanal.É o relatório Sem dúvida, o trabalho dos substituídos de maneira contínua, foge da determinação da decisão proferida no Dissídio Coletivo, posto que, sob o pretexto de cumprir a determinação, acaba por criar desgaste aos trabalhadores, não sendo respeitados "os intervalos legais" (fl.112). Diga-se, aliás, que tal atitude, importaria em uma punição velada aos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista. Ao se exigir trabalho sem folga semanal a Requerida estaria extrapolando os limites do comando da decisão do Dissídio Coletivo que fixou como consequência aos trabalhadores que participaram do movimento, o desconto salarial de 7 (sete) dias, e a "compensação" de 21 dias de greve.Se desejasse a mais alta Corte Trabalhista que não houvesse nenhum descanso semanal por todo o período de compensação teria dito simplesmente que a mesma deveria ocorrer desta forma até que se complementasse o período de compensação. Ao fixar, contudo, o prazo de cumprimento até 13/05/2012 ("até o segundo domingo de maio de 2012" - f.112), nos informa que não é essa a sua diretriz, pois há um prazo razoável para que a Requerida faça as adequações necessárias de escalonamento da compensação. Ao dizer "sábado e domingo" (fl.112) fixa que esses seriam os dias destinados a compensação (de forma genérica), mas não que um trabalhador (de forma individual), tenha que se ativar de continuamente sem folga semanal. Parte da mesma decisão, contudo, poderia trazer dúvida quanto ao real comando da compensação ao fixar que o trabalho nos dias 15 e 16 de outubro de 2011 (sábado e domingo), já tivesse início a compensação, aparentemente, norteando que os demais finais de semana também seriam desta forma. Entendemos, entretanto, que a determinação apenas solucionou a situação inicial da saída do processo paredista, buscando uma resposta rápida de retorno às atividades e início do processo de normalização dos serviços dos correios e não uma fórmula contínua de compensação para os demais períodos. Se assim o fosse, como dito, qual o sentido de se fixar uma data-limite?Quanto ao intervalo mínimo de 11 (onze) horas interjornadas, dentro da casuística dos horários de trabalho dos substituídos, contudo, o mesmo deve ser observado desde que não acabe por inviabilizar o expresso comando da decisão do Dissídio Coletivo, pois a diretriz principal é que, efetivamente, haja compensação, por óbvio, observando-se a mesma jornada regular do trabalhador durante a semana. Isso pode importar, em alguns casos, quebra do intervalo mínimo de 11 (onze) horas de intervalo interjornadas.Impor à Requerida que se debata sobre a questão para que adeque também a jornada diária do dia de compensação, reduzindo-a para que não se viole o intervalo mínimo de 11 (onze) horas de intervalo interjoranda, seria dizer o que não comandou o v. Acórdão, portanto, neste particular, não merece acolhida a tese inicial. Repita-se, ainda que haja a determinação de observância de todos os intervalos legais, o escopo da ordem judicial é que, efetivamente, ocorra a compensação. Ainda que possa ser contornada a questão, num primeiro olhar, sobre os contratos de trabalho de segunda sexta-feira (f.14), tal delimitação se mostraria um empecilho ao cumprimento da compensação nos casos dos trabalhadores contratados de segunda a sábado.A presente ação de cumprimento, contudo, não tem o condão de anular eventuais punições sobre a questão lançada pela Requerida ou determinar o pagamento de trabalho em dias de repouso sem folga compensatória como pretende o Sindicato-requerente. Tais matérias abrangem lesão de direito individual a serem eventualmente discutidos em ações próprias. Os limites da presente decisão antecipatória de mérito, através de ação de cumprimento, como se extrai do seu próprio nome, apenas acompanha o traçado do v. Acórdão em Dissídio Coletivo para que o restou decidido seja efetivamente cumprido. Causa estranheza a declaração de pobreza do Sindicato-autor (f.26), merecendo rejeição por não se adequar a hipótese legal de hipossuficiência econômica. Ainda que, em casos isolados, tenha-se visto o deferimento de gratuidade judiciária a pessoas jurídicas, no caso associação, não nos filiamos a esta tese. Rejeita-se o pedido, neste particular.Decido:1. DO EXPOSTO, acolho o pedido de tutela antecipada de mérito, por entender que a demora no pronunciamento final de mérito importaria no perecimento do próprio direito que persegue o Sindicato-autor (artigo 273 do CPC), posto que seria ultrapassado o período de compensação e, DETERMINO à Requeria que, nos limites do Dissídio Coletivo TST-DC-6535-37.2011.5.00.0000, aqui traçados pela ação de cumprimento, observe e cumpra o que se segue:a. A presente decisão abrange os trabalhadores que participaram do movimento paredista em questão, situados na base territorial do Sindicato-autor;b. Entre estes trabalhadores, dentro do processo de compensação dos 21 (vinte e um) dias determinados pelo v. Acórdão, usufruam de folga semanal, excetuando-se, obviamente, situações pretéritas pretendidas postuladas e os dias 15 e 16 onde expressamente comanda o r. decisum do Dissídio Coletivo que deve haver a compensação;c. A presente medida já tem eficácia para o próximo final de semana, dias 29 e 30/outubro, uma vez que envolve o descanso semanal para os que já trabalharam de forma contínua nos dias 22 e 23/outubro.d. Fixa-se multa de R$.500,00 (quinhentos reais), por trabalhador envolvido, nos limites acima, caso a Requerida não observe a folga semanal, revertendo-se a multa em favor do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), sendo que, a argumentação de proximidade da presente decisão com o final de semana não se justifica, diante dos modernos meios de comunicação (sendo que, visto de maneira ampla, esta é a natureza da própria atividade da própria Requerida, ou seja, a agilidade na circulação das informações), havendo eficácia da intimação da Reclamada ainda nesta data, bastando um comunicado geral para as agências envolvidas na Região para que não permitam o trabalho nas condições acima apontadas;e. Diante do noticiado pelo Sindicato-requerente quanto a presença da diretoria da Requerida em Valinhos, determino a citação por Oficial de Justiça, sendo que a presente decisão tem força de Mandado n° 386/2011 para fins de cumprimento da obrigação de não fazer acima determinada (obstar o trabalho sem folga semanal), autorizando-se o Sr. Oficial de Justiça se valha das prerrogativas dos artigos 172, 227, 228, 239, 660 e 662 do CPC. Requesitando força policial, se necessário, com a mera apresentação deste.Diante do volume de trabalhadores envolvidos, determino a inclusão do feito na pauta, com a agilidade na circulação das informações), havendo eficácia da intimação da Reclamada ainda nesta data, bastando um comunicado geral para as agências envolvidas na Região para que não permitam o trabalho nas condições acima apontadas;e. Diante do noticiado pelo Sindicato-requerente quanto a presença da diretoria da Requerida em Valinhos, determino a citação por Oficial de Justiça, sendo que a presente decisão tem força de Mandado n° 386/2011 para fins de cumprimento da obrigação de não fazer acima determinada (obstar o trabalho sem folga semanal), autorizando-se o Sr. Oficial de Justiça se valha das prerrogativas dos artigos 172, 227, 228, 239, 660 e 662 do CPC. Requesitando força policial, se necessário, com a mera apresentação deste.Diante do volume de trabalhadores envolvidos, determino a inclusão do feito na pauta, com a devida urgência.Expeça-se o necessário para cumprimento da presente decisão, autorizando-se, dada a carência de tempo, evitando-se maiores prejuízos aos trabalhadores que já estejam trabalhando sem folga compensatória, que se divulgue amplamente a presente decisão através dos meios disponíveis pelo Sindicato-autor (informativo eletrônico, correspondência eletrônica aos associados etc), sendo que, para segurança jurídica dos interessados, a presente decisão estará disponível para consulta eletrônica, nesta data no site do E. TRT [www.trt15.jus.br].Campinas, 28/10/2011 - 17:20 horas. ROBSON ADILSON DE MORAESJUIZ DO TRABALHO

domingo, 23 de outubro de 2011

Governo é governo! Sindicato é sindicato! Cada um no seu papel mantendo sua independência.

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS

Para aqueles que impuseram goela abaixo dos trabalhadores o acordo bianual - para ajudar o atual governo a ganhar a eleição presidencial de 2010 - fica ai recado do ministro das comunicações, Paulo Bernardo (PT) em entrevista ao G1 no dia 20/10/2011: “Eu não estou hoje no papel do sindicato, não posso ajudar o sindicato”.

No entanto vários sindicalistas da categoria e a própria FENTECT ajudaram este governo que esta ai, colocando em muitos momentos o interesse do Partido dos Trabalhadores acima do interesse da categoria, como no exemplo citado acima, do acordo bianual fechado no ano de 2009.

O ministro Paulo Bernardo (PT) afirma ainda nesta entrevista que a: “... nova política do governo de descontar dos servidores os dias parados, segundo ele é absolutamente correta.” Vejam bem, o próprio governo assume que trata-se de uma "nova política" – neste ponto o ministro esta sendo verdadeiro – pois nem o PSDB de Fernando Henrique Cardoso ousou tanto!

Paulo Bernardo (PT) encerra a entrevista reafirmando o seu recado: “Pois então, bem-vindos a essa novidade. Eu acho que se você não trabalhar nós vamos ter que descontar o seu dia.”

Bom, como o ex-sindicalista Paulo Bernardo (PT) mesmo diz, ele não se encontra mais no papel de sindicalista – hoje ele é governo e nosso patrão – chegou à hora do movimento sindical desempenhar o seu papel, deixar de ser “GOVERNISTA” e defender a categoria, que em muitos momentos tiveram seus interesses contrários aos interesses do governo.

É hora da FENTECT e de alguns Sindicatos cortarem o "cordão umbilical", que de forma equivocada criaram com a direção da ECT, fazendo da nossa Federação ante-sala da empresa.

Esta relação tão próxima, colocou em xeque a credibilidade da FENTECT e dos SINDICATOS que hoje são visto com desconfiança pelos trabalhadores - que não suportam mais - verem seus dirigentes sindicais assumindo cargos na empresa, logo após alguma negociação, que trate de assuntos coletivos e relevantes a vida dos trabalhadores na empresa.

Só existe uma maneira de derrotarmos este governo, que já assumiu publicamente que daqui para frente o chicote vai estalar – é mantendo a independência – do Governo, da ECT e dos Partidos Políticos. O interesse dos trabalhadores tem que estar em primeiro lugar, sempre!

Veja abaixo a matéria da entrevista na integra:

Sindicatos erraram na greve dos Correios, diz Paulo Bernardo
Em entrevista ao G1, ministro defendeu corte de dias parados.

Não posso ajudar o sindicato', disse Bernardo, que é ex-sindicalista.

Fábio Amato
Do G1, em Brasília
Atualizado em 20/10/2011 18h02

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que os sindicatos de servidores dos Correios erraram na estratégia de greve ao permitir que o dissídio fosse julgado pelo Superior Tribunal do Trabalho (TST).

“Acho que eles [sindicatos] erraram. Os sindicatos claramente estavam divididos, tinha muita disputa interna”, disse Bernardo sobre o resultado da greve, que durou quase um mês e terminou na semana passada após decisão do TST.

“Eles não conseguiram se colocar de acordo para dizer para as assembleias: ‘olha, essa proposta é boa, vamos aceitar’. Podia ter sido melhor.”

A greve se arrastou principalmente por conta da decisão da direção dos Correios, defendida pelo governo federal, de descontar parte dos dias parados, o que não foi aceito pelos trabalhadores.

Bem-vindos à novidade

Bernardo, que é ex-sindicalista, e o governo receberam críticas do movimento sindical pela condução das negociações com os grevistas dos Correios, considerada dura, e que se repetiu na greve dos bancários.

“Quando eu era sindicalista, fazia greve e tinha que enfrentar as consequências da greve. Eu não estou hoje no papel do sindicato, não posso ajudar o sindicato. Pelo contrário, eu tenho que negociar com eles e tentar resolver o problema da greve. Foi o que nós fizemos”, disse.

O ministro defendeu a nova política do governo de descontar dos servidores os dias parados, que segundo ele é “absolutamente correta.”

“Eles [sindicatos] falam isso: ‘ah, não acontecia, ninguém costumava [descontar os dias parados].Pois então, bem-vindos a essa novidade. Eu acho que se você não trabalhar nós vamos ter que descontar o seu dia.

sábado, 22 de outubro de 2011

Quem oprime a mando de alguém, é tão culpado quanto quem mandou oprimir

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS


Como publiquei no post anterior, o SINTECT/CAS encaminhou na terça-feira (18) um oficio para ECT, questionando o DIRETOR REGIONAL que informassem a esta entidade em CARATER DE URGÊNCIA, qual o critério que seria usado pela empresa, para respeitar o folga semanal dos ecetistas que estão executando jornada compensatória, sobre os dias de paralisações do movimento paredista da categoria. (clique aqui, para ler o oficio)

E ontem obtivemos a resposta da DR/SPI através da CARTA 0265/2011 – ASGET/DR/SPI, assinada pelo Assessor de Gestão das Relações Sindicais e do Trabalho, Sr. Nilson Rodrigues dos Santos, ex-sindicalista do Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, onde ocupou o cargo de Secretário Geral daquela entidade até o meio deste ano. Transcrevo abaixo o teor do documento:

Carta 0265/2011 – ASGET/DR/SPI

Bauru, 21 de outubro de 2011

Ao
SINTECT/CAS
Avenida Francisco Glicério, 2265
Centro
13023-101 – Campinas –SP

Prezado Senhores,

Reportando a CT/SINTECT/CAS – 0141/2011, informamos que conforme decisão do Tribunal Superior do Trabalho – TST – Proferida no acórdão TST-DC-6535.37.2011.5.00.000, haverá convocação dos empregados que participaram do movimento paredista e com dias a compensar para os dias 22/10/2011 (sábado) e 23/10/2011 (domingo), em função da necessidade de colocação em dia do serviço acumulado no período do movimento.

Atenciosamente

Nilson Rodrigues dos Santos
Assessor de Gestão das Relações Sindicais e do Trabalho


Vejam bem que o documento não responde o questionamento desta entidade, no que diz respeito à folga semanal dos ecetistas que estão trabalhando direto desde retorno da greve. Diante disto o SINTECT/CAS enviou outro oficio reiterando o questionamento de como será os critérios da folga semanal do trabalhador que esta compensando os dias do movimento paredista nos sábados e domingos. Neste sentido mantemos a orientação para que os ecetistas descansem neste domingo (23).

Que a direção da ECT esteja com este revanchismo todo, não me causa nenhuma estranheza, mas fico pensando o que leva um ex-dirigente sindical que até ontem defendia os trabalhadores, se prestar a este papel que o Sr. Nilson esta fazendo aqui na DR/SPI. Lembrando que ele dirigiu uns dos Sindicatos que mais se contrapôs aos ataques da empresa e mais questionou sindicalistas que estavam no movimento sindical atrás de cargo.

Então encaminhei um e-mail a ele fazendo e aguardo resposta, segue abaixo a transcrição dos questionamentos e espero que desta vez o Sr. Nilson responda.


De:Biaia (SINTECT/CAS)
Para: nrsantos@correios.com.br
Assunto: CARTA 0265/2011 - ASGET/DR/SPI - CONTRA OS TRABALHADORES
Data: 21/10/2011 20:08


Nilson, boa noite!

Cá entre nós, quanto a resposta vindo da DR/SPI na CARTA 0265/2011 - ASGET/DR/SPI, assinada por você, é uma afronta aos direitos dos trabalhadores. É desumano! É repugnante!

Duas perguntas pra ti:

1º Pergunta: Você aceitaria tudo isto que a empresa esta fazendo hoje com os grevistas, na condição de Secretário Geral do Sindicato dos Trab. em Correios no Estado do Parana?

2º Pergunta: Valeu a pena passar para o outro lado, não podendo ajudar o coletivo, resolvendo apenas a sua vida?

Cara, você sempre foi umas das pessoas que adimirei no "MOVIMENTO SINDICAL" e lendo a CARTA 0265/2011 - ASGET/DR/SPI ignorando o descanso semanal do trabalhador, afetando assim sua saúde, me deu um nó na garganta e um aperto no coração. Não que eu achasse que a ECT fosse agir diferente, mas pelo fato de ver aqueles que até ontem estavam do nosso lado, assinando estes tipos de documento que ataca a classe trabalhadora.

Sempre ouvi no movimento sindical, que os trabalhadores tinham que ocupar os espaços de poder na empresa. Nestes 8 anos do governo LULA e nos 10 meses do governo DILMA, sindicalistas fizeram de tudo para ocupar este espaço. E me pergunto, para quê? Desculpe-me esta 3º pergunta, eu disse que faria só duas. Mas esta pergunta não me sai da cabeça.

Todos, sem nenhuma excessão, nada fizeram na defesa dos trabalhadores que travaram 1 mês de greve ,por melhores condições de trabalho, contratações e contra a privatização da ECT.

Vimos nesta greve ex-sindicalistas de fora da nossa categoria, como o Sr. Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro cometerem vários ataque aos ecetistas e as suas entidades de classe.

Pior, Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro, ainda ressentidos com a greve continuam alimentando o clima hostil que tiveram durante todo o movimento paredista. São e estes dois que vocês ex-sindicalistas da categoria de Correios se reportam hoje. Ai vem a 4º pergunta, me desculpe mas é mais forte que eu, você consegue deitar sua cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente? Putz! uma pergunta chama a outra, então lá vai a 5º pergunta: você não sonha ou tem pesadelos com os carteiros, atendentes, ott e demais trabalhadores dos Correios, do estado do Parana que confiaram em você? Onde muitos aprenderam contigo, que somente a luta muda a vida - e hoje estão sendo atacados com estas mesmas ordem que você esta assinando aqui na DR/SPI.

Nilson, já que vocês ex-sindicalistas optaram irem para empresa, que não seja apenas no intuito de resolverem as suas vidas particulares, lembrem-se que se ocupam hoje cargos na empresa, foi graças a um coletivo que te colocou como presidente de uns dos sindicatos mais bem conceituados do país e que por consequencia disto te fez chegar a Fderação. Digo isto, porque a DR/SPI esta um "CAOS" no que diz respeito a relacionamento, onde os gestores estão assediando os trabalhadores por conta da greve. Você mais do que ninguém sabe do que estou falando. Então Camarada, a hora é esta! Provem que os trabalhadores tem sim que ocupar os espaços dentro da ECT, para defenderem a sua categoria. O Diretor Regional é oriundo do MOVIMENTO SINDICAL e do PT, Paulo Bolinha e você também, mas infelizmente não estamos vendo nenhuma atitude por parte de vocês para defenderem os trabalhadores de todos os ataques que vem sofrendo, pelo contrário, descem o chicote fielmente conforme a ordem dos feitores Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro.

6º pergunta e ultima prometo: do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua própria vida?!

Confesso a você que às vezes perco o meu sono, diante do brutal ataque que a categoria que eu represento esta sofrendo, o que me conforta é saber que com tudo isto, os trabalhadores depositam sua confiança em mim como parte do seu instrumento de luta para barrar estes ataques. Peço a Deus que me ilumine para que a ambição não tome conta do meu coração. Não desejo este tormento em minha vida, de ganhar o mundo todo e perder a minha própria vida - de perder a minha identidade - pois é assim que vejo o cara que assina a CARTA 0265/2011 - ASGET/DR/SPI, um homem que do lado de cá desta trincheira tinha muito valor, mas que ao passar do lado de lá da trincheira virou apenas mais um a atacar os trabalhadores. De verdade, não quero isto na minha biografia!

Nilson, se você ainda não perdeu toda a sua identidade e se te incomoda tudo que você tem assistido ai do "canto seguro" que se encontra neste momento, ajude os trabalhadores ecetistas do interior de São Paulo, pois eles estão sendos massacrados. Quanto a mim, seguirei do lado de cá da trincheira, armado com meu estelingue e pedras, lutando contra a artilharia pesada da empresa e do governo federal - mesmo com toda esta artilharia pesada - tiveram que recorrer ao TST para acabar com a nossa batalha. A Luta continua, outras batalhas virão, e que Deus me de força de continuar seguindo em frente, até a vitória!

Luis Aparecido de Moraes
Coordenador Geral do SINTECT/CAS
biaia.sintectcas@uol.com.br

Deixo estes questionamentos para os demais ex-sindicalistas que também estão se sujeitando, a fazerem papel de “CAPITÃO DO MATO”, ajudando a direção da ECT perseguirem aqueles que um dia chamaram de companheiros, tudo isto, para manterem os tostões a mais em seus contracheques no final do mês.

Sei que o verdadeiro mandante de todos estes ataques não é o Sr. Nilson e dos demais ex-sindicalista, o verdadeiro mandante é o governo nas pessoas de Paulo Bernardo e Wagner Pinheiro que estão massacrando os trabalhadores em retaliação a greve.

A culpa do Sr. Nilson Rodrigues dos Santos, do Diretor Regional, Joseph de Faro Valença que também é oriundo do movimento sindical e dos demais ex-sindicalistas que ocupam cargo na empresa é da OMISSÃO e COVARDIA de não sair em defesa dos ecetistas que estão sendo atacados por dois FORASTEIROS de fora da nossa empresa. Dignidade não tem preço, mas estes pelo jeito encontraram o preço deles, pois assistem os ataques aos trabalhadores calados e passivos, e algumas vezes levantando as próprias mãos para chicotear ex-companheiros a mando dos seus feitores. Sendo assim, são tão culpados ou mais, do que o seus mandantes.

Quanto aos trabalhadores não resta outra saída senão a de reorganizar o movimento sindical, para podermos fazer frente aos ataques e assédio moral que a direção da ECT vem fazendo no pós greve.

Claro que os Sindicatos devem e tomarão as medidas jurídicas cabiveis, mas o problema que estamos enfrentando neste momento é de ordem política, de um governo e da direção da ECT que tentaram colocar cabresto nos ecetistas e não conseguiram, isto antes e durante a greve - e agora - continuam tentando no pós greve.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Orientação do SINTECT/CAS, sobre a convocação em regime de compensação, que a ECT esta fazendo para o próximo domingo (23)

Na terça-feira (18) a direção do SINTECT/CAS encaminhou um oficio (CT/SINTECT/CAS – 0141/2011) para o Diretor Regional, Sr. Joseph de Faro Valença, solicitando que informassem a esta entidade em CARATER DE URGÊNCIA, qual o critério que seria usado pela empresa, para respeitar o folga semanal dos ecetistas que estão executando jornada compensatória, sobre os dias de paralisações do movimento paredista da categoria.

No DC-6535.37.2011.5.00.000 ficou DETERMINADA pelo TST a compensação de 21 (vinte e um) dias de greve com trabalho aos finais de semana e que “b.5) o trabalho em compensação respeitará TODOS os intervalos legais.” (grifo nosso)

Nestes intervalos estão obviamente incluídos os previstos nos artigos 66 e 67 da CLT e Lei 605/49, respectivamente o intervalo de 11 (onze) horas interjornada e o intervalo de 24 (vinte e quatro) horas de descanso semanal, que somado às 11 horas supracitadas perfazem o intervalo de 35 (trinta e cinco) horas semanais .

O direito a esse repouso semanal é preceito de ordem pública e de raiz constitucional (art. 7º, XV), imperativo humano para preservar a saúde e segurança do trabalhador!

Segundo dispõe o art. 67 da CLT e a Constituição Federal, o descanso semanal deve coincidir com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, ocasião em que deverá ser respeitado um revezamento da folga semanal para que ao menos uma no mês coincida com o domingo.

O fato é que para a jornada de trabalho dos ecetistas, a cada 06 (seis) dias trabalhados os mesmos têm direito a uma folga de 35 (trinta e cinco) horas, ou seja, 11 (onze) horas entre o 6º e o 7º dia e 24 (vinte e quatro) horas determinadas pelo art. 67 Consolidado.

Os ecetistas estão executando jornada compensatória desde o retorno da greve, trabalhando DIRETO. Assim, após o 6º dia trabalhado DEVERIAM desfrutar do intervalo legal de 35 horas.

Como o DIRETOR REGIONAL não se posicionou até o momento, sobre o tal intervalo, o próximo descanso deverá coincidir no próximo domingo (23), conforme determina a Lei, para o qual NÃO DEVEM SER CONVOCADOS os trabalhadores, sob pena de descumprimento da Lei e do Dissídio Coletivo.

A empresa não tem respeitado o intervalo legal dos trabalhadores - estão convocando os trabalhadores para trabalharem no próximo sábado (22) e domingo (23) – sem concederem a folga semanal no sétimo dia após o retorno ao trabalho, infringindo os artigos 66 e 67 da CLT, Lei 605/49, CF/88 e o Dissídio Coletivo 6535/2011 do TST.

Orientação do SINTECT/CAS

Sendo assim, a DIRETORIA COLEGIADA do SINTECT/CAS orientam os ecetistas a se RECUSAREM a trabalharem no próximo domingo (23), pelo fato da ECT estar contrariando a decisão do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST).

Conhecendo a truculência da direção da empresa, que muito provavelmente estará passando SID ( papeleta) para os trabalhadores, orientamos que tirem uma cópia deste documento e enviem para nós, e aguardem a defesa que será feita pelo nosso jurídico e disponibilizado aqui no site.

O SINTECT/CAS será intransigente na DEFESA e nos DIREITOS dos trabalhadores, e estará tomando todas as medidas administrativas e/ou judiciais pertinentes que forem necessárias.

Saudações Sindicais,

DIRETORIA COLEGIADA

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TST antecipa audiência de instrução do dissídio coletivo de segunda-feira (10) para amanhã (7)

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, antecipou para amanhã (7) a audiência de instrução do dissídio coletivo instaurado pela ECT, que estava agendada para segunda-feira (10).

Segundo o ministro Dalazen , sua decisão se baseia no “interesse público” da greve, alegando que os serviços prestados pela ECT seriam essenciais para a população.

O ministro Dalazen, concedeu parcialmente o pedido de liminar da ECT, determinando que FENTECT mantenha trabalhando o contingente mínimo de 40% dos ecetistas de cada unidade da empresa, durante o movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 50 mil..

Companheiras e companheiros o fato de anteciparem a audiência de segunda-feira (10) para amanhã (7) é mais um indicativo que a greve dos trabalhadores esta forte. Mostrando que o presidente da ECT, Wagner Pinheiro (PT) desde 13/09 vem mentindo para a população que a greve é fraca, onde neste últimos dias, tem declarado que a greve esta entorno de 20% apenas de adesão. Sendo assim, qual o motivo do pedido de liminar, para que a FENTECT coloque 40% dos grevista para trabalharem?

A verdade é que Wagner Pinheiro (PT) chegou na empresa com um discurso de transparência, modernização e outros blá, blá, blá.

Mas até agora não vimos nenhuma transparência por parte dele, do ministro Paulo Bernardo (PT) e do governo da Dilma (PT). Pelo contrário, o que estamos vendo por parte deste governo é um “ESTELIONATO ELEITORAL”, onde os trabalhadores ecetistas e a população foram enganadas pela presidente Dilma, que ganhou a eleição dizendo que não iria privatizar os Correios, e criou uma lei que abre o caminha para privatização da nossa empresa. Tudo isto sem abrir nenhum debate com os trabalhadores e tão pouco com a sociedade brasileira.

Quando Wagner Pinheiro (PT) disse que vinham para modernizar, não estavam mentindo, modernizaram na maneira de atacar os trabalhadores ecetistas. Onde durante toda a nossa greve fizeram várias ameaças pesadas para os trabalhadores - tentando colocar cabresto em nossa categoria que tem tradição de luta - e que não se curvaram diante de todos os ataques que um dia o PARTIDO DOS TRABALHADORES abominaram mas que hoje usam sem nenhum puder para atacar os trabalhadores que brigam por seus direitos. Usando métodos que a ditadura e outros governos de direita, já mais ousaram a usar – atacam uma categoria – que no Congresso da categoria votaram todo apoio a candidatura de Dilma Rousseff (PT), para que esta chegasse a presidência da republica, e fortalecesse os Correios, respeitando os trabalhadores nos ajudando a salvar a ECT do desmonte que a estatal vem sofrendo ao longo dos anos. Enfim, a mascara caiu e os ecetistas já entenderam que este não é mais o governo dos trabalhadores , portanto, não merece a nossa confiança.

Companheiras e companheiros a GREVE continua, vamos aguardar o que vai sair desta audiência amanhã. Lembrando que os trabalhadores saíram de greve por uma assembléia, portanto, só devem retornar para o trabalho ou não com a decisão de outra assembléia.

Estou frisando isto neste post para que todos os grevistas fiquem atentos amanhã e não caiam na ladainha da imprensa convencional, que podem vir dizendo que a greve acabou. Como fizeram na ultima audiência de terça-feira (4), onde os ecetistas mostraram maturidade -não se deixando influenciar pela mídia impressa ou televisiva - buscando noticias através dos canais de comunicações dos seus sindicatos e lotando as assembléias para tomarem suas decisões.

A greve continua Dilma e a culpa é sua! Chegamos até aqui, vamos até o fim!

Dia histórico: em 05/10/2011 grevistas atropelam os pelegos e recusam proposta do TST

Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS

Companheiras e companheiros guardem bem a data de 05 de agosto de 2011. Esta data é para entrar na história das muitas lutas que esta categoria já travou com governos e a direção da ECT.

Mais uma vez parte da direção da FENTECT e do Comando Nacional de Negociação tentaram “TRAIR” os trabalhadores defendendo a assinatura da proposta rebaixada que o TST apresentou na audiência de conciliação entre a ECT e a FENTECT realizada na terça-feira (04).

Na audiência de conciliação, José Rivaldo (PT/SP), Secretário Geral da FENTECT com apoio de Claudio Roberto Oliveira e Silva (PC do B/RJ), João Alves de Melo (PC do B/ RPO-SP), Maximiliano Velazques Filho (PT/MA), Paulo Wilson T. de Araújo (PT/SC) e Saul Gomes da Cruz (PT/BA) todos membros do Comando Nacional de Negociação da Federação, resolveram falar em nome próprio, ignorando as vozes dos trabalhadores grevistas que já tinham deixado explicito nas assembléias que não aceitariam nenhum tipo de proposta que viessem com aumento fora da nossa data-base, bem como, também não aceitariam nenhuma proposta que venha no intuito de punirem os grevistas pelos dias parados – uma vez – que a direção da ECT e o governo obrigou os trabalhadores irem a greve, diante da proposta indecente que apresentaram aos ecetistas na véspera das assembléias que decidiriam pela paralisação por tempo indeterminado.

Não é de hoje que Rivaldo (PT/SP) e Cia Ltda vêm prestando trabalho sujo para a direção da empresa e do governo, quem não se lembra da nossa ultima Campanha Salarial de 2009?

Quando Rivaldo (PT/SP) e a ala governista (PC do B) enfiaram goela abaixo dos trabalhadores em greve, um acordo bianual, onde fizeram várias manobras nas assembléias para aprovarem esta proposta. E aprovaram a revelia dos trabalhadores, criando grande revolta na categoria.

Colocaram a projeto do PARTIDO DOS TRABALHADORES naquele momento, acima dos interesses dos TRABALHADORES. O acordo bianual tinha o objetivo de tirar os trabalhadores das ruas no ano seguinte - por tratar-se de ano eleitoral – não queriam correr o risco, de que, uma greve da categoria prejudicasse a candidatura de Dilma Rousseff (PT) hoje presidente do país. O que se viu depois da vitória da presidente Dilma foi um festival de dirigentes sindicais ocupando cargos de chefias na ECT. Seria pagamento por trair a categoria?!

De novo a historia se repete, tentam entregar os trabalhadores grevista de bandeja para direção da ECT e o governo. Mesmo diante de umas das maiores greves da categoria.

Mas os trabalhadores que já estão cansados de tantas “traições” e já estão mais ligados nos movimentos destes pelegos - lotaram as assembléias em todo o país - para recusarem a proposta que colocariam de forma humilhante, todos os grevistas para trabalhar, depois de 21 dias de greve. Sendo que a proposta apresentada pelo TST é muito pior do que as apresentadas pela ECT.

Por isto dia 05 de outubro de 2011 tem que ser considerado um dia histórico para a nossa categoria, pois os trabalhadores deram uma demonstração de maturidade e tomaram as assembléias de assalto – rebelaram-se contra os pelegos – e decidiram pela continuidade da greve, já que a proposta apresentada pela empresa, governo, TST e Rivaldo (PT/SP) e Cia Ltda não atendem os anseios da categoria.

Parabéns aos grevistas que lotaram as assembléias para fazerem valer as suas vontades, atropelando aqueles que defendem a proposta do governo para se beneficiarem no futuro, à custa dos trabalhadores.

Esta greve já é vitoriosa, no sentido dos trabalhadores não terem se curvado diante da pressão do governo e da direção da ECT.

Os trabalhadores já desmoralizaram Wagner Pinheiro (PT), presidente da ECT que insistia em esconder a nossa greve. Desmoralizaram os veículos de comunicações convencionais, que também tentaram esconder a greve como se ela não existisse e tentaram acabar com nosso movimento paredista no dia da audiência, anunciando o fim da greve. E por fim desmoralizaram ao meu ver, os piores dos inimigos ( Rivaldo (PT/SP e Cia Ltda), que são aqueles que estão nas mesmas trincheiras dos trabalhadores atuando contra eles.

Prometeram entregarem aprovado nesta quinta-feira (06) o acordo rebaixado para o TST - só se esqueceram de uma coisa - de combinar com os trabalhadores em greve. O que deixa claro que Rivaldo (PT/SP) e Cia Ltda não falavam em nome dos trabalhadores naquele Tribunal e sim em nome deles próprios.

Companheiras e companheiros, vamos continuar atentos - eles não vão desistir de aprovarem esta proposta nas assembléias – por isto é de suma importância que os trabalhadores continuem lotando as assembléia - se REBELANDO - contra aqueles que defendam a proposta do governo mesmo que esta não atenda os anseios da categoria.

Não vamos dar margem para as manobras dos pelegos. Chegamos até aqui, vamos até o fim!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quadro das Assembléias

Jacózinho e Evandro Leonir
Membros do Comando Nacional de Negociação
que foram contrários a proposta do TST


Companheiras e companheiros estamos chegando num momento de suma importância, nesta luta, conforme quadro abaixo mostra mais uma vez que estamos certo na condução de nossa proposta de defesa dos direitos de nós trabalhadores, pois a categoria entendeu que mesmo, sendo nós minoria, e sem ter tido autorização de passar oficialmente nossa posição pela FENTECT, soube se posicionar e defender uma posição que não atacava o direito da categoria, um direito primordial que é ter um salário digno.

Neste sentido, é salutar neste momento mantermos nossa posição firme de que o que buscamos não é esmola e sim dignidade. Continuamos afirmando que estamos dispostos a negociar e avançar, e voltamos a reiterar que nós, trabalhadores da ECT, em todo o Brasil queremos chegar a um acordo, mas que tenha que partir do principio de que não tenhamos mais perdas, pois já abrimos mão de um LINEAR de R$ 400,00, e ainda querem descontar nossos dias. Estamos abertos sim a uma negociação, queremos sim demonstrar a sociedade que a se estamos em greve a culpa é ECT e não nossa, e nossa data base é em agosto, e não outubro, janeiro, e anual e não quando a empresa acha que deva ser.

Abaixo quadro nacional das assembléias de hoje dia 05/10/11

AC - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
AM - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
BA - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
BRU - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
CAS - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
CE - REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
DF- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
ES- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
GO- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
MG- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
MT- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
MS- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
PA- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
PB- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
PE- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
PI- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
PR- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
RJ- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
RN- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
RO- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
RPO- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
RS- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
SC- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
SE- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
SJO- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
SMA- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
SP- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
URA- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE
VP- REJEITOU A PROPOSTA E CONTINUA EM GREVE


Por este quadro podemos compreender que realmente o que precisamos, são condições mais dignas de sobrevivência, mas ainda não vencemos, neste sentido nós salientamos a necessidade de continuarmos unidos em torno deste ideal comum, que é nosso acordo coletivo de trabalho, e principalmente reforçar que estamos abertos para negociar avanços e jamais retrocessos em nossas lutas.


ATÉ A VITÓRIA

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Proposta ridícula do TST

Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS


Na audiência de conciliação ocorrida nesta terça-feira (04), a ministra do TST, Cristina Peduzzi propôs para os grevistas nas clausulas econômicas: reajuste de 6,87% (perda da inflação) a partir de 1º de agosto, aumento linear de R$ 80 para 1° de outubro/2011, vale-alimentação de R$ 25. Vale cesta de R$ 140. Vale extra de R$ 575 em dezembro/2011.

Quanto aos dias parados ela propôs que os 06 dias já descontados sejam devolvidos, e que os trabalhadores paguem estes dias a partir de janeiro ½ (meio) dia por mês em doze parcelas e os 15 dias restantes a proposta da ministra é para que os grevistas compensem estes dias em horas, inclusive no sábado e domingo.

A ministra do TST, Cristina Peduzzi, conseguiu piorar ainda mais as propostas apresentadas pela ECT. Neste momento o Comando Nacional de Negociação e Mobilização da FENTECT está reunido, para tirar um encaminhamento para as assembléias de amanhã. Não sei qual vai ser o encaminhamento do Comando de Negociação, mas espero que seja pela recusa desta proposta ridícula e continuidade da greve.

Em 2009, o TST também tentou rebaixar o acordo dos 30% de adicional de risco para carteiro - os trabalhadores recusaram e continuaram a greve - e o ministro das comunicações na época, Hélio Costa, negociou diretamente com os representantes dos trabalhadores a mando do ex-presidente Lula que não agüentava mais tanta pressão por parte da população, dos grevistas e da mídia. Os grevistas mantiveram o acordo dos 30% incorporados nos salários dos carteiros e de quebra conseguiram adicional de R$ 100 para atendentes comerciais e ott´s, tudo isto porque não se intimidaram com o TST e acreditaram na força da greve.

Estamos a mais de 20 dias de greve, e a proposta do TST é ridícula e indefensável. Tem que ser muito pelego para defender uma proposta desta, pois não houve avanço nenhum. Se tivermos que voltar trabalhar com uma proposta ridícula desta, que seja porque o TST mandou e não porque a direção do movimento sindical se acovardou ao ponto de acabar com umas das maiores greves dos últimos anos por medo do TST.

Colocar os trabalhadores para dentro da ECT com uma proposta desta, porque o TST mandou, é uma VITÓRIA diante de todos os ataques que sofremos nestes mais de 20 dias. Mas colocar os trabalhadores para dentro da ECT com uma proposta desta, porque os dirigentes sindicais defenderam o retorno ao trabalho, é uma DERROTA do movimento sindical. Não importa que esta proposta tenha sido acordada na audiência de hoje, esta proposta não esta em sintonia com os anseios dos grevistas. Neste sentido, conclamo os ecetistas dos quatro cantos deste país a recusarem a proposta vinda do TST.

Cada homem e mulher ecetista que estão nas ruas de greve, já são VITORIOSOS por não se curvarem diante dos ataques do presidente da ECT, Wagner Pinheiro (PT), ministro das comunicações, Paulo Bernardo (PT) e o governo do PT com a colaboração do PC do B, aja vista que a primeira proposta da ministra era parecida com a da ata de reunião entre o Ministério Público de São Paulo e o SINTECT/SP, onde o Procurador fez uma proposta parecida, sem que o presidente e vice-presidente do sindicato de São Paulo, ligados ao PC do B se posicionassem contrários a “tal” proposta, dando munição para o TST iniciar as negociações encima da proposta do MPT/SP, uma vez, que o maior sindicato do país se calou, e pior, assinou a ata dando a entender que concordava com a mesma.

Companheiras e companheiros, todos nas assembléias dos seus sindicatos amanhã, para recusar a proposta pelega do TST. Chegamos até aqui, vamos até o final!

sábado, 1 de outubro de 2011

Estamos mais “VIVOS” do que nunca na GREVE!


Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS

TST nega pedido de liminar da ECT para que a greve fosse suspensa imediatamente

No dia 29/09/2011 (quinta-feira) a direção da ECT entrou com Dissídio Coletivo no TST e também pedido de liminar, para que nossa greve fosse suspensa imediatamente. A ECT argumentou em seu pedido de que a paralisação é um “MOVIMENTO ATENTATÓRIO” à ordem pública” com nítido conteúdo “POLÍTICO-IDEOLÓGICO.

A liminar foi negada pela vice-presidente do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST), ministra Cristina Peduzzi, que na sua decisão “considerou que os serviços prestados pelos Correios são “RELEVANTES”, mas não são “ESSENCIAIS” a ponto de interferir no direito de greve. “O fato de a ECT exercer serviços públicos relevantes não impede nem pode impedir o exercício do direito de greve por seus empregados, na forma assegurada pelo artigo 9º da Constituição”, disse a ministra.

Esta agendada para próxima terça-feira (04/10) uma audiência de conciliação entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT) e a direção dos Correios. Mais do que nunca os SINDICATOS devem atender o chamado do nosso COMANDO NACIONAL DE NEGOCIAÇÃO E MOBILIZAÇÃO enviando caravanas de trabalhadores em greve a Brasília, para pressionarmos a direção da ECT e o governo apresentarem uma proposta que atenda os anseios da categoria.

Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região (TRT10) cassou a decisão da juíza substituta da 3º Vara do Trabalho de Brasília que permitia que a ECT cortasse os dias parados sem negociação prévia

No dia de ontem a direção da ECT sofreu outra derrota no TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO da 10º REGIÃO (TRT10), que engloba Brasília e Tocantins, onde o desembargador Macedo Caron, proibiu os Correios de descontar o salário dos trabalhadores que estão em greve.

A decisão do desembargador cassou o entendimento da juíza substituta da 3º VARA DO TRABALHO de BRASÍLIA que permitiu que a empresa cortasse os dias de paralisações dos grevistas sem negociação prévia não levando em conta que o salário tem natureza alimentar.

Para Caron, isso foi uma “verdadeira pressão para que os grevistas voltem ao trabalho, resultando em efetiva afronta ao próprio direito de greve”.

Companheiras e companheiros hoje mais do que nunca estamos “VIVOS” na greve.

Existe um “MOVIMENTO ATENTATÓRIO” à ordem pública, mas que não vem por parte dos trabalhadores e sim do PARTIDO DOS TRABALHADORES e seus aliados que sem pestanejar votaram contra os ECETISTAS e a sociedade brasileira a Medida Provisória 532, alterações que abrem o caminho para a PRIVATIZAÇÃO dos Correios, cometendo assim, uns dos maiores ESTELIONATO ELEITORAL da história deste país.

Neste sentido não podemos negar que a greve dos trabalhadores dos Correios é “IDEOLOGICA”, onde de um lado estamos nós ECETISTAS lutando por melhores condições de trabalho, contratações já, aumento real de salário e principalmente contra o desmonte de mais um patrimônio público, onde a sociedade sempre teve como referência na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS como uns dos poucos órgão público que funciona bem neste país – e do outro lado – esta o governo da Dilma (PT), Paulo Bernardo (PT), Wagner Pinheiro (PT) e outros aplicando a política de “PRIVATIZAÇÃO” passando como um trator por cima daqueles que os elegeram por confiarem que este governo seria diferente do governo de FHC (PSDB) que privatizou tudo que pode neste país.

Esta greve serviu para mostrar que o PARTIDO DOS TRABALHADORES já foi pro vinagre, para decepção de muitos ecetistas.

Arrependimento não mata!

Nós trabalhadores ECETISTAS estamos arrependidos presidente Dilma.

Mas mesmo com todos os ataques de seus comandados Paulo Bernardo (PT) e Wagner Pinheiro (PT), estamos vivos na greve!

VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES...
...ATÉ A VITÓRIA!