11 dias de greve: 27 milhões de prejuízo e a imagem desgastada – este foi o titulo do “PLANTÃO DO ACORDO” n° 24 do dia 28 de setembro de 2009. Veja o que diz o informativo interno da ECT:
“Até quando os empregados terão que conviver com lideranças sindicais que não tem compromisso com a Empresa e que, com suas ações, só contribuem para o fortalecimento da concorrência? Recusar uma proposta que, em média, garante 17% de aumento (conforme informação do próprio DIEESE) e insistir em 4,5% é, no mínimo, inexplicável.
Os empregados não querem saber de desavenças internas dos vários sindicatos e têm se manifestado contra a radicalização de algumas lideranças sindicais. O próprio vice-presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, destacou em seu pronunciamento que “... a posição que está sendo assumida, com todo respeito, de alguma forma, radicalizando o movimento paredista, vem, em meu entender, desatender aos interesses dos próprios trabalhadores...”
Ou seja, a sociedade, os empregados e, finalmente, o próprio Tribunal Superior do Trabalho condenam a atitude dessa pequena parcela das lideranças sindicais que insiste em prejudicar a Empresa favorecer, com sua intransigência, os concorrentes da ECT.
Os Correios e a sociedade brasileira contam com a seriedade e o bom senso daqueles que ainda não se manifestaram sobre a proposta da Empresa, esperando que não se deixem influenciar por posições ideológicas radicais impostas por alguns sindicalistas que, em nada, colaboram para melhoria salarial e de condições de trabalho dos empregados.”
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Companheiras e companheiros, mais uma vez a direção da ECT tenta creditar a culpa de sua incompetência aos trabalhadores (as) e suas lideranças sindicais, claro que estou me referindo aos sindicalistas sérios que não se renderam ao discurso da EMPRESA e do GOVERNO. O que fortalece a concorrência é uma ADMINISTRAÇÃO INCOPETENTE sem compromisso com aqueles que constroem a EMPRESA.
O que levou os trabalhadores (as) ecetistas as GREVE foi à proposta indecorosa de 4,5%, estendidos aos demais itens de cláusulas econômicas, mas onde em nenhum momento a direção da ECT discutiu CONTRATAÇÕES, CONDIÇÕES DE TRABALHO, SAÚDE DO TRABALHADOR e outras cláusulas que não foram discutidas, qual já cansei de denunciar neste blog.
Esta GREVE foi um divisor de água, e as desavenças citadas pela direção da EMPRESA foram salutares, pois mostrou os sindicalistas comprometidos com os PROJETOS DOS TRABALHADORES (AS) que é PAUTA DE REIVINDICAÇÃO DA CATEGORIA e os OPORTUNISTAS que estão no MOVIMENTO SINDICAL apenas para defender seus interesses próprios e de seus PARTÍDOS. O que vimos nesta GREVE foi um discurso muito bem afinado entre a direção da ECT e destes OPORTUNISTAS.
Não tem como não disputar posições ideológicas neste momento, pois existem duas posições em jogo neste momento: O da direção da ECT, OPORTUNISTAS (ALGUNS SINDICALISTAS) e do GOVERNO que quer calar a boca dos TRABALHADORES (AS) em 2010 e por isto estão pagando bem pelo nosso silêncio, deixando de resolver os nossos problemas do dia-a-dia e do outro lado os SINDICALISTAS que não comungam deste falso discurso dos dirigentes da EMPRESA e por isto seguem lutando pelos DIREITOS dos TRABALHADORES, fazendo o enfrentamento com for preciso, seja estes a direção da ECT, OPORTUNISTAS (SINDICALISTAS VENDIDOS) e o GOVERNO.
Companheiras e companheiros ainda continuam o impasse da assinatura do ACT 2009/2010, pois não foi atingido o quorum suficiente que é de 18 SINCICATOS se posicionando contra ou a favor da proposta da ECT. O correto seria chamar uma Plenária Nacional dos Trabalhadores (as) para encontrarmos uma saída. Mas ao invés disto os OPORTUNISTAS estão tentando chamar novas assembléias nos SINDICATOS que eles têm maior controle, para tentar mudar a decisão contraria a proposta da ECT para favorável a proposta.
Nós da DIREÇÃO DO SINTECT/CAS, seguiremos defendendo contrários a proposta BIANUAL uma vez que a ECT não discute os problemas de CONTRATAÇÃO para repor os cinco mil TRABALHADORES (AS) que saíram no PDV e também as vagas apontadas nos SD´s, SAÚDE DO TRABALHADOR, ASSÉDIO MORAL, QUESTÃO DAS MULHERES, CONDIÇÕES DE TRABALHO e etc, deixar de defender estas BANDEIRAS DE LUTA é rasgar a nossa PAUTA DE REIVINDICAÇÃO aprovada no CONGRESSO DA CATEGORIA.
Saudações Sindicais,
Biaia – Coordenador Geral do SINTECT/CAS
